terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Por obséquio, poderia?

Por vezes, percebo o fato com severa irritação. Em outras tantas oportunidades, defino como ausência de bom senso ou falta de noção de coletividade.
De certo, traduz a extrema falta de educação e respeito ao próximo, tanto quanto ao distante que não consegue ignorá-lo.

URBANIDADE
(latim urbanitas, -atis)
s. f.
1. Qualidade do que é urbano. ≠ RURALIDADE
2. Vida de cidade.
3. [Figurado] Cumprimento das regras de boa educação e de respeito no relacionamento entre cidadãos. = AFABILIDADE, CIVILIDADE, CORTESIA ≠ DESCORTESIA, INDELICADEZA.

A qualidade de urbano que ouso buscar, não infere-se ao habitat que tais seres povoam com tanta recorrência e habilidade. Trata-se, da definição em sentido figurado: “Cumprimento das regras de boa educação e de respeito no relacionamento entre cidadãos. = AFABILIDADE, CIVILIDADE, CORTESIA”.

Não o faço por perseguição ou por desgostar do som frequentemente emitido. Ainda que fosse de meu agrado, em espaço coletivo e dentro de um coletivo urbano, faz-se em uma seção de tortura até que finde a sua ou a minha viagem. Seja pelo desejo de tirar uma soneca antes de chegar ao trabalho ou meditar antes de um importante compromisso, é definitivamente torturante.
Comparo a deselegância à praticada por um fumante que insiste em acreditar que não incomoda a ninguém com sua fumaça em um ambiente fechado. E ainda que seja um louvor ao invés de um proibidão de deixar até a menos pudica senhorita assustada ou quem sabe, até mesmo uma sinfonia de Ludwig van Bethoven. E certamente é extensivo àqueles que insistem em tornar públicas suas conversas ao celular e ao rádio. Não dá!

Em uma rápida pesquisa, perdi as contas de quantos Projetos de Lei tramitam com demanda recente, propondo proibição e multa pesada. Algumas cidades já praticam e fiscalizam com repressão aos sem noção. Contudo, desejar uma multa não é tão divertido quanto imaginar a apreensão dos aparelhinhos indesejados.

Maldita tecnologia!!!
Por estas e por outras já me permito nutrir um quê de pavor deste século XXI. Teletransporte, teleconferência e etc, tudo parcelado em 10 vezes sem juros...
E se depois de tudo isso ainda não foi possível compreender o recado, então, por obséquio, poderia ao menos utilizar o seu fone de ouvido?


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